Anticiência
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Na primeira metade do século XIX, o médico Samuel Morton, um dos mais proeminentes cientistas norte-americanos, usou a “craniometria” para provar que as pessoas estavam divididas em cinco raças: brancos ou “caucásicos”, a mais inteligente das raças; seguidos pelos nativos da Ásia Oriental, “engenhosos” e “susceptíveis de serem educados”, e pelos nativo-americanos. Os negros, ou “etíopes”, estavam no fim da lista.
Só em Junho do ano 2000 é que Craig Venter, pioneiro do sequenciamento de DNA, concluiu: “O conceito de raça não tem fundamento genético ou científico.” Estamos em 2021 e continuamos a falar de raças.
Em Outubro de 2019, o cientista Martin Hoffert testemunhou orgulhosamente que, em 1982, previram como os níveis de dióxido de carbono iriam subir e aquecer o planeta à medida que os humanos queimavam mais combustíveis fósseis. Nada fizeram para o evitar. Estamos em 2021 e continuamos dependentes dos combustíveis.
Estes são dois exemplos demonstrativos de como as “mentiras científicas” interferiram com o destino da humanidade, provocando conflitos e injustiça até ao momento presente.
A anticiência e as teorias da conspiração não surgiram da ignorância. É muito fácil utilizar a descredibilização de instituições, que deviam primar pela ética, com objectivos pouco ou nada éticos.